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Ah, poeta! quantos olhares e espelhos avistas tu?
Que nuns, entreabres pomares altivos de colheita plena,
Mas noutros, rasgas desertos sombrios e destilas-me nua,
Como a angústia da insónia que se enrola à noite inteira!
Ah vida! E em que alambiques te poderia decantar?
Se é nos teus eternos opostos que te sinto a florir e murchar,
Por vagas de dor e euforias, sob um mar de alquimias incertas,
Tal como, por entre as estrelas, erram constelações secretas!
Ah, poeta!, mas se sou véus-em desafios e sonhos,
Que é como, nos teus versos, inocente, me arriscas!
Por que é que te jogas ainda, no desenho dos meus rostos,
Sem te cansares de olhar do deserto até aos pomares que avistas?
Ah, vida!, Mas se é nesses contra-partos eternos,
Onde te exploro pura, como silêncio de estrelas em poesia,
Que tu és arco e flecha de cumes e vazios tão secretos!
Qual é o poeta que não ousaria acolher-te no teu fogo?
Como ao mar alto, os navios, na sua intrepidez vadia!...
Véu de Maya
*-for others languages, please, the Google Translator.Thank You, very much.
Que nuns, entreabres pomares altivos de colheita plena,
Mas noutros, rasgas desertos sombrios e destilas-me nua,
Como a angústia da insónia que se enrola à noite inteira!
Ah vida! E em que alambiques te poderia decantar?
Se é nos teus eternos opostos que te sinto a florir e murchar,
Por vagas de dor e euforias, sob um mar de alquimias incertas,
Tal como, por entre as estrelas, erram constelações secretas!
Ah, poeta!, mas se sou véus-em desafios e sonhos,
Que é como, nos teus versos, inocente, me arriscas!
Por que é que te jogas ainda, no desenho dos meus rostos,
Sem te cansares de olhar do deserto até aos pomares que avistas?
Ah, vida!, Mas se é nesses contra-partos eternos,
Onde te exploro pura, como silêncio de estrelas em poesia,
Que tu és arco e flecha de cumes e vazios tão secretos!
Qual é o poeta que não ousaria acolher-te no teu fogo?
Como ao mar alto, os navios, na sua intrepidez vadia!...
Véu de Maya
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2 comments:
Caro amigo Luis
Há poemas
tão belos e tão singelos,
que mais que uma leitura
é preciso se conversar com eles...
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Desejo que desejes ser feliz.
Toda felicidade do mundo
começa com um simples desejo de alegria.
E levantando os véus efémeros da vida, o poeta nos encantou com a sua poesia.
Luis, aproveito para agradecer as palavras de conforto que deixou no meu blogue, pela morte da minha mãe. Muito obrigado pelo seu carinho.
Um abraço
Maria
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