Saturday, July 29, 2017

No barco da vida/ Pausa balnear.



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***** É o amor da
viagem e o rumo
do navio Que

se desafia um ao
outro Com igual coragem e
sangue frio *
O
mar profundo e a
a dona travessia Onde
os barcos na
vida
os sonhos Se
enrolarem seus enigmas * O porto de partida e o porto de chegada Onde cada cada é saída uma nova partida E cada partida é uma
nova chegada * chegada As

expectativas e supera que
no navio é o ar e a respiração
E na vida a nobreza da
missão *
A ambição e as descobertas
Que se jogam belas e seguras
Mesmo nos portos da hora incerta
*
A fruição e as formas belas
Que sopram durante o percurso E se renovam em criações serenas * A felicidade do mar e a aventura do navio Que mesmo quando fica da vida aus Entes
volta no sonho a
fazer-se sentir
presentes *
É o amor da viagem e
a travessia de
riscos Onde
os barcos no mar
e os destinos na vida Se
enrolam nos seus enigmas
*** Frágil círculo das partidas e das chegadas Onde no mar que é metáfora e na vida que está Transitam os humanos que marcam a sua passagem Com as mais belas e terríveis pegadas!...
Véu de
Maya

Monday, July 24, 2017

Flauta de Pâ II/Chopin


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*****
Somos a aventura e o amor,
a alegria vital e a dor.
O tempo que se mima a ele próprio,
como néctar que transborda em copo;
*
Somos a fragrância mágica
E o voo leve que nos encanta,
como flauta de pã sedutora mas trágica,
depois das vertigens que à vista levanta;
*
Somos o destino do mundo
em lances onde o caos alastra profundo,
até aos gritos de dor em que a vida se apranta,
como serpente cravada na garganta;
*
Somos o riso que nos espanta,
e o fardo pesado que já se levanta,
e a altivez leve que em espiral circula
secreta como a luz que a fecunda...
*
Somos vagas, navios, e portos,
núvens, faróis, e nunca prontos,
leveza de voos em rasgo de pássaros,
e até rios de pranto em vida de lázaros;
*
Somos o azar que nos envolve,
e a liberdade de emergir que nos acolhe,
mas também o grito que nos invade,
e a nostalgia que nos aflora à saudade...
*
Somos as máscaras do destino,
Véus do acaso em eterno desatino,
A vida... jogada em azar cifrado,
O desejo do mais no efémero plasmado,
E, por fim, o nada de bronze, no voo sagrado!...

Véu de Maya