Sunday, December 14, 2014

No Barco da Vida-Boas Festas e Feliz Ano Novo


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É o amor da viagem e o rumo do navio
Que se desafiam um ao outro
Com igual coragem e sangue frio
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O mar profundo e a arriscada travessia
Onde os barcos no mar e na vida os sonhos
Se enrolam nos seus enigmas
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O porto de partida e o porto de chegada
Onde cada saída é uma nova partida
E cada partida é uma nova chegada
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As expectativas e a superação
Que no navio são o ar e a respiração
E na vida a nobreza da missão
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A ambição e as descobertas
Que se jogam belas e seguras
Mesmo nos portos da hora incerta
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A fruição e as formas belas
Que sopram durante o percurso
E se renovam em criações serenas
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A felicidade do mar e a aventura do navio
Que mesmo quando ficam da vida ausentes
Voltam no sonho a fazer-se sentir presentes
*
É o amor da viagem e a arriscada travessia
Onde os barcos no mar e os destinos na vida
Se enrolam nos seus enigmas
***
Frágil círculo das partidas e das chegadas
Onde no mar que é metáfora e na vida que é luta
Transitam os humanos que marcam a sua passagem
Com as mais belas e terríveis pegadas!...
Véu de Maya

Deixo-vos o meu abraço afectuoso,  com os votos de Boas Festas e próspero Ano Novo.

Saturday, December 6, 2014

Ah, poetas da vida!


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Ah, vida!, onde faltas tu aos poetas?
Que te cantam intensa nos seus versos,
Mas te fecham inteira numa redoma de ascetas.
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Ah, poeta!-sorris-me tu-feiticeira.
Afaga-te antes na minha longa cabeleira,
E não te embriagues de mim, com livros de cabeceira!
*
É que no meu espelho, há encantos e desafios.
E na minha fonte, enigmas e prantos.
E que estranhos poetas-esses!
Que se repletam de mim com solitários suspiros?
*
Aí, ó Musa minha, estendes-me a tua passagem vermelha,
E arejas-me com os teus leques de feiticeira.
Até me enrolares, intensa e inteira, na tua longa cabeleira.
*
É que: repousado nos meus livros de cabeceira,
Tu-que és felina e matreira?-Ganharias logo a dianteira!...

Véu de Maya

O meu abraço, com afecto.