Sunday, January 25, 2015

Nos Rios do Acaso


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Sou o instante que passa
Como o amor que enlaça
E até o tempo sobre o rio do ser
Que é ainda a névoa que grassa;
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Sou a vida que esvoaça
E até o mar que enfurece
Quando o barco naufraga
E o Mundo endoidece;
*
Sou o pássaro que voa
E a música que toca
Até quando a núvem escurece
E o Sol anoitece;
*
Sou a aventura do ser
E a vertigem do nada...
Toda a errância da vida
Nos véus da ilusão enrolada...
*
E toda a bruma do instante
Na eternidade cifrada...
*
Como o destino do ser?
Que é ser absoluto em tudo
Até nas miragens do nada!...

Véu de Maya

Deixo-vos o meu abraço de sempre, com afecto.

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