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Entre as estrelas que nos olham
E os ventos que desfolham,
Ergue-se a vida que a tudo transforma
E vence a morte que tudo devora.
*
Entre a vida incerta que nos projecta
E a sibilina morte que a tudo seca,
Gira o tempo tenso que nos desperta
E o Universo imenso que nos inquieta.
*
Mas entre nós e o destino que nos prende
Baila o efémero da vida que nos desafia
E o brilhar das estrelas que nos surpreende
No olhar suspenso do voo que nos ilumina.
*
Até que, na nossa aventura de viver,
A vida se tenha exaurido-por inteiro-no seu florescer...
E face às vestes sombrias da inelutavel morte,
Entregue lealmente o seu nobre passaporte!...
Véu de Maya
4 comments:
sempre fecundo teu olhar poético
abraço
Vida condenada a ser devorada pela morte, entre um universo que nos interpela e nos desperta e uma vida carregada de desafios e incertezas. De instantes de surpresa e luz, e recantos de sombra até à entrega do inevitável passaporte.
Muito belo o poema, e a música, também!
Bom fim de semana, Poeta.
xx
grato pela tua presença, caro herético.
abraços.
Grato pela presença, Laura Santos. Idem, Para si, Com Sol e poesia. L. L.
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